Senador Jaques Wagner

 
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30 de junho de 2021 as 5:25 pm

Wagner propõe criação de Observatório do Clima, envolvendo diversos países


Crédito: Agência Senado

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado realizou, nesta quarta-feira (30), em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o seminário internacional “Transição justa: estratégias para uma recuperação sustentável”. O evento, parte do calendário de atividades do Junho Verde, reuniu líderes de diversos países e teve como objetivo promover um debate sobre a justiça climática como um componente explícito das estratégias de recuperação sustentável em todo o mundo. O presidente do colegiado, o senador Jaques Wagner (PT-BA), sugeriu a criação de um Observatório do Clima.

“Temos um governo federal de costas para a questão ambiental e que acredita que para promover um desenvolvimento sustentável é preciso impulsionar o desmatamento. Então, precisamos trabalhar, com o apoio da CEPAL, em cima da ideia de um Observatório do Clima. Ou seja, um intercâmbio entre parlamentos de diversos países, possibilitando uma troca de ideias para que a gente possa, efetivamente, até 2050, neutralizar as emissões de carbono e ter mais controle sobre o aumento da temperatura no mundo inteiro”, explicou Jaques Wagner.

O senador falou, ainda, sobre a importância de uma ação solidária em prol do meio ambiente, reforçada durante o webinar, diante dos desafios que o momento impõe. “Acima de outras solidariedades bem-vindas, a solidariedade ambiental é imperativa. O meio ambiente é planetário, o Planeta é único. A exemplo do que está acontecendo com a pandemia, ações que prejudicam ou desequilibram os nossos biomas se espalham por todo Planeta. Portanto, não se trata de uma solidariedade no sentido primeiro da palavra. É uma solidariedade, como foi dito por todos aqui, no sentido de que se a Floresta Amazônica continuar com esse volume de queimadas, o Planeta inteiro vai sentir esse problema”, afirmou.

Além do presidente da CMA, participaram do encontro os senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Fabiano Contarato (REDE-ES); Mario Cimoli, secretário executivo adjunto da CEPAL; Gladys Esther González, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Senado da Argentina; José Manuel Fernandez, Membro do Parlamento Europeu e presidente do Grupo Parlamentar Europeu para o Brasil, Jürgen Trittin membro do Parlamento Alemão (Bundestag) e vice-presidente do Grupo Parlamentar Alemanha-Brasil; e Edward Markey, senador e representante de Massachusetts no Senado Norte-americano.

União

Na mesma linha da fala de Jaques Wagner, Mario Cimoli destacou que os países precisam se unir em torno de uma política de sustentabilidade. Ele colocou a Cepal à disposição para ajudar a trilhar um caminho de solução para essa situação de desequilíbrio ambiental.

Para José Manuel Fernandes, é preciso união para que seja possível alcançar a meta de neutralizar as emissões de gases do efeito estufa até 2050. “Esse é um tema que não tem fronteiras. Estamos todos ligados nos desafios globais e, principalmente, na questão das alterações climáticas. É uma obrigação de todos nós colaborarmos, compartilharmos e procurarmos soluções para esses objetivos”, ressaltou.

A senadora Gladys Esther González disse considerar o agravamento das mudanças climáticas a principal ameaça à existência humana. “Precisamos enfrentar essa crise sem deixar os mais pobres e as comunidades vulneráveis de fora. Isso, sim, é uma justiça climática”, reforçou.

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