Senador Jaques Wagner

O senador Jaques Wagner (PT-BA) protocolou, nesta quinta-feira (28), nova representação solicitando que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiguem se houve fraude no concurso de admissão para a carreira de diplomata. A decisão foi tomada após notícias divulgadas pela imprensa, esta semana, mostrarem que foram encontradas irregularidades na segunda fase do processo de seleção e que as provas seriam avaliadas por outra banca.

Em julho deste ano, ele já havia solicitado aos órgãos uma investigação após publicação no Diário Oficial da União informando que o Ministério das Relações Exteriores havia contratado, com dispensa de licitação, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) para a realização das provas de 2019. Há anos, a seleção era feita pelo Cebraspe, antigo Cespe/UnB.

“Infelizmente, tanto a PGR, que ignorou a representação, quanto o TCU, que não vislumbrou razoabilidade no receio apresentado na primeira representação, permitiram a contratação e a realização do Concurso sem nenhuma ressalva, mesmo com todos os aspectos apresentados mostrando o que poderia ocorrer e, de fato, ocorreu”, destaca o senador.

No documento, além de reforçar que o Iades foi alvo de investigação e de denúncia, em 2017 e em 2018, após suspeitas de fraude nos concursos da Política Militar do Distrito Federal, ele solicita que seja apurado o vínculo de Alexandre Ferreira Cardoso com o Iades. “É preciso apurar se esse cidadão tem alguma relação com o instituto, conforme informações divulgadas. Se for confirmada, mancha mais ainda a credibilidade do Iades. O senhor Alexandre tem diversas acusações, inclusive perante o TCU”, afirma.

Sendo assim, Jaques Wagner solicita que a PGR e o TCU retomem o debate, mediante os novos fatos envolvendo um dos concursos mais tradicionais e disputados do País, que seleciona servidores para uma das mais respeitadas instituições do serviço público federal.