Senador Jaques Wagner

 
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29 de maio de 2019 as 6:26 pm

Wagner participa de lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras


Um forte discurso do senador Jaques Wagner (PT-BA) marcou hoje (29) o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, num esforço para tentar evitar a privatização da petroleira.  A frente foi criada, inicialmente, com 205 assinaturas de deputados federais e de 10 senadores. As assinaturas continuam sendo recolhidas.

“O momento é extremamente grave. O governo escolheu a subserviência e a subalternidade como marcas. E não tem nenhum projeto para o Brasil”, disse o senador Jaques Wagner, em seu discurso no ato, chamando atenção para o julgamento amanhã (30) pelo Supremo Tribunal Federal, da venda da TAG (Transportadora Associada de Gás) e subsidiárias.

“A cada mês que passa, a situação piora e a subalternidade emanada do Palácio do Planalto aumenta em todas as ações que eles realizam. Seja na agressão à educação, na agressão à ciência e tecnologia, ao meio ambiente, e às nossas empresas”, apontou o senador.

“Os brasileiros estão com a sensação de que não sabem para onde o país está indo. O ministro da Economia tem projeto financeiro, mas os outros eu desconheço. E o presidente da República piorou”, acrescentou.

O senador conclamou a população a ir às ruas em defesa da Petrobrás. “O importante é traduzir os argumentos em palavras que possam contaminar o povo brasileiro. E é o que nós fazemos desde o nascimento dessa empresa que é o maior orgulho do povo brasileiro”.

Wagner relembrou a história da Petrobrás que nasceu com o movimento “O Petróleo é Nosso” nos anos 40 e 50, de defesa da sociedade brasileira, e ainda resistiu nos idos de 1995 às tentativas de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso com greves, atuação parlamentar, e a mobilização das ruas.

“Não foi de graça que conseguimos manter no portfólio brasileiro os nossos bancos, a Petrobrás e as outras empresas”, frisou. O senador considerou “extremamente predadora”, a forma como está sendo feita a tentativa de privatização da Petrobrás. “Deixam as refinarias rodando a 50%, importando óleo diesel, além de atrelar o preço interno ao preço dolarizado”, criticou.

Dirigindo-se aos petroleiros presentes, o senador disse “eles querem detonar tudo isso. É um crime”, bradou.

O senador relatou sua peregrinação pelo Supremo Tribunal Federal com vistas ao julgamento marcado para manhã (quinta-feira) da questão da TAG (Transportadora Associada de Gás) e demais subsidiárias da Petrobrás.

“Já tivemos com o ministro Edson Fachin que se sensibilizou e deu a liminar em favor da TAG. Amanhã haverá o julgamento do pleno do Supremo. E queremos sensibilizá-los independente de ser ou não  política do atual governo”, observou.

“Temos que dizer em alto e bom som aos que se anunciam como paladinos da moralidade ou se apegaram a esse termo como única ancora para se sustentar, que não se vende um patrimônio de R$ 35 bilhões apenas com um teaser (anúncio) na página da Petrobrás, onde ninguém conhece”, destacou.

“A venda da empresa é criminosa e viola o Estado Democrático de Direito. Eles ganharam a eleição, mas nós vamos brigar contra qualquer alienação que queiram fazer. A Petrobras contramina o coração do povo brasileiro. Tenho absoluta convicção disso por ser petroquímico, e por andar pelas ruas de Salvador. Temos que nos animar”, manifestou.

“ Se o quadro é difícil aí é que acho que temos que ter mais energia para combatê-lo. Ao contrário de qualquer desânimo estamos preparados para enfrentar essa batalha e sairemos vitoriosos pois estamos do lado certo da briga”, disse aos petroleiros.

A Frente Parlamentarem Defesa da Petrobrás foi criada para mostrar a importância da Petrobrás para a sociedade brasileira. Na gestão do atual presidente Roberto Castello Branco, a companhia já começou a vender ativos, principalmente no mercado de refino, gás natural e distribuição.

No começo de maio, a Petrobras vendeu 90% das ações de sua subsidiária, a Transportadora Associada de Gás (TAG). Além disso, este ano, a companhia anunciou também a venda de oito refinarias, da rede de postos no Uruguai, de campos de petróleo e gás natural e a redução no capital da BR Distribuidora.

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