Wagner destaca ação de chanceler Mauro Vieira pela paz mundial
Em audiência pública, senador elogiou ministro das Relações Exteriores por recolocar o Brasil na condição de protagonista mundial
Em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores (CRE) nesta quinta-feira (14) com o chanceler Mauro Vieira, o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), elogiou a postura do ministro na defesa intransigente da paz no mundo e na reinserção do Brasil como protagonista internacional.
– O ministro foi sempre muito profissional, na defesa dos interesses do Brasil, mantendo a política de não interferência nas vidas internas de qualquer país – resumiu o senador.
Para Wagner, o comportamento político adotado pelo Itamaraty ajudou o país a recuperar terreno no seu relacionamento com o mundo. “Nessa trajetória de 14 meses capitaneada pelo ministro, orientada pelo presidente da República, voltamos a crescer o relacionamento internacional, voltamos a participar de todas as mesas multilaterais importantes, no G20, no Brics, e vamos fazer a COP [Conferência de Mudanças Climáticas] de 2025”, acrescentou.
Pela paz mundial
Wagner reforçou o acerto da posição política do presidente Lula nos conflitos Rússia-Ucrânia e Israel-Hamas. “Só como reflexão no episódio Rússia-Ucrânia, declaramos imediatamente a condenação à invasão”. O senador lembrou que nem sempre a busca da paz é compreendida.
– Aí o governo brasileiro é acusado de estar do lado dos invasores, em tese, como se fosse um termo político-ideológico – frisou.
O senador destacou que, no caso Israel-Hamas, fala “muito à vontade por ser judeu e filho de judeus, de família que sofreu na segunda guerra, quando da mesma forma buscamos a paz defendendo as questões humanitárias obrigatórias”.
Para ele, “uma criança palestina é tão valiosa quanto uma criança israelense, como um idoso palestino é tão valioso quanto, aí nós somos taxados que estamos a favor dos invadidos”.
– Não se pode usar o crivo ideológico para ter uma posição. Se ela é perene, ela é equidistante, independente de quem vai condenar aqueles que invadem território previamente demarcado por cada país, pela história e pelas Nações Unidas – afirmou.
Ao concluir sua fala, Wagner celebrou o fato de a tradição do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, “ter voltado a respirar dentro do Itamaraty”.