Senador Jaques Wagner

 
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27 de março de 2019 as 3:32 pm

Wagner defende o fortalecimento da Política de Desenvolvimento Regional e a manutenção de suas entidades


O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu hoje (27), a importância da política de Desenvolvimento Regional para o “enfrentamento das desigualdades sócio econômicas do Nordeste e dos problemas da guerra fiscal que virou uma insanidade no Brasil”.

Wagner disse ser importante lutar pelas entidades de fomento do Nordeste. “As soluções para resolver as desigualdades sócio-econômicas do Nordeste passam pela atuação da Sudene, BNB e Codevasf como instrumentos de Desenvolvimento Regional”, disse o senador.

Para o senador, a guerra fiscal que virou uma “insanidade no Brasil, e se não houver uma Política Nacional de Desenvolvimento Regional vamos ficar eternamente chorando com as regiões mais deprimidas sem uma solução”.

Ao alertar para o fato da Sudene, DNOCs, Codevasf e Banco do Nordeste serem ferramentas importantes para o equilíbrio regional, combate à seca e execução dos programas de desenvolvimento da região.

Com preocupação, ele chamou atenção para a redução dos investimentos do Banco do Nordeste para este ano de 2019, de 32 bilhões para 23 bi.

“Temos que acabar com a idéia de que quando aparece uma mazela, seja da ordem de corrupção, mau uso do dinheiro público ou ineficiência, aí joga-se a bacia, a criança e a água suja fora. Em vez de consertar, aquilo vira desculpa para se encerrar uma ferramenta que acho fundamental. Nós da bancada do Nordeste vamos continuar lutando para revigorar as instituições”, afirmou, ao defender mais investimentos para a região.

Wagner perguntou ao presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim sobre as declarações do Ministro da Economia Paulo Guedes referente aos rumores de privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica e os outros. “Quero saber se realmente há essa demanda”, questionou Wagner.

Sobre o DNOCS, brincou que o órgão “ já deveria ter mudado de nome para Departamento de Obras de Convivência com a seca “.

Wagner alertou que a Bahia tem 350 mil famílias que vivem da agricultura familiar e que é preciso incentivar e investir no abastecimento das pequenas comunidades da agricultura familiar.

“Fiz o programa Água para Todos que é o maior programa hídrico do país”, como governador da Bahia, mas atualmente, o orçamento para programas importantes como o do Salitre, o orçamento é zero”, protestou.

Ainda durante a audiência pública, os participantes defenderam que o Banco do Nordeste não seja fundido com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme proposta da equipe econômica do presidente Bolsonaro.

Salientaram a importância do BNB para financiar negócios por meio do crédito produtivo de longo prazo com recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE).

Rolim informou que o Banco foi responsável por 63% da operação de microcrédito do Brasil. Foram R$ 11,5 bilhões de microcrédito contratados em 2018, atendendo a 5,7 milhões de microempreendedores, declarou. A estratégia do banco é ampliar ainda mais essas duas vertentes, FNE e microcrédito, nos próximos anos.

Os dirigentes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Angelo Guerra, e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Maria Clara Oliveira também compareceram à audiência pública e concordaram em dar atenção às obras do São Francisco.

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