Senador Jaques Wagner

Ao abrir, nesta terça-feira (5), o Seminário Grande Impulso para a Sustentabilidade no Brasil, realizado no Senado Federal, o senador Jaques Wagner (PT-BA) destacou que a ideia do encontro era fugir do pensamento binário do atual governo federal, entre o sim e o não, e fomentar uma visão de que é possível combinar as sustentabilidades econômica, social e ambiental.

“Sempre digo que têm coisas que são plantadas até a colheita. Então, a ideia aqui não é de ter uma resposta imediata. Mas despertar a ideia de que a sustentabilidade precisa estar na pauta de qualquer organismo, seja ele privado ou público”, ressaltou.

O senador lembrou que esteve recentemente em Shenzhen, na China, onde não há nenhum táxi ou ônibus circulando que não seja elétrico. E que medidas como essa acabam impulsionando o desenvolvimento e a geração, inclusive, de riqueza e renda do país. Esse exemplo, para ele, mostra que para que as pessoas abracem a ideia de uma vida mais sustentável, basta que deem a elas a oportunidade.

“As pessoas precisam de oportunidade. Certa vez, em uma campanha eleitoral no interior da Bahia, questionei a um lenhador que cortava uma árvore se aquilo não o maltratava. Ele respondeu que sim, mas que o que mais o maltratava era não levar a comida dos filhos. Então, essa equação ou a gente equilibra ou ela não funciona, porque a miséria não é sustentável, tampouco a usura. Volto a insistir que a distribuição de renda é um pilar de como a gente vai conseguir chegar nessa equação da sustentabilidade tripla: econômica, social e ambiental”, defendeu Jaques Wagner.

Senadores e representantes de importantes organizações e empresas participaram do encontro. Eles abordaram temas como a Agenda 2030, os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e mostraram como a sustentabilidade pode ser um modelo de negócios.

O senador Fabiano Contarato (REDE-ES), presidente da Comissão de Meio Ambiente, destacou que ainda são muitos os desafios do setor, como a produção com inclusão tecnológica, a melhoria da oferta de emprego, a conservação de recursos naturais e a manutenção de direitos básicos. Ele  aproveitou o momento para pedir um minuto de silêncio pelos quatro anos da tragédia ambiental de Mariana.