Para Wagner, Brasil será firme na defesa da paz no Oriente Médio
Foto: Rafael Nunes
Em entrevista nesta terça-feira (10) à TV 247, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), defendeu a posição da diplomacia brasileira e do presidente Lula em favor das negociações para acabar a guerra entre Israel e o Hamas. “Nós queremos ser mediadores onde for possível. A nossa diplomacia tem esse poder. Oswaldo Aranha estava à frente da ONU quando foi proclamada a fundação do Estado de Israel. É necessário voltar para a mesa de negociação”, alertou.
“O que acaba com a guerra é o desenvolvimento, não é bala. É preciso maturidade para sentar numa mesa para resolver um conflito histórico entre primos, pois todos são filhos de Abraão”, destacou o senador.
Wagner lamentou o conflito entre Hamas e Israel, 78 anos após o fim da Segunda Guerra mundial. “Será uma porção de jovens que vão começar a se matar de parte a parte, por ordem de seus superiores, sem saber quem estão matando”, disse o senador.
“A posição do governo brasileiro de condenar as mortes de civis pelo terrorismo, mas sempre defendendo a negociação, é clara”, frisou. “Sou a favor da paz. Contra a guerra. Mas como se constrói a paz? É isso que interessa saber.”
Wagner considerou uma “sandice” o fato de 2 bilhões de pessoas de 91 países estarem envolvidas em conflitos armados no mundo hoje, e criticou o gasto com guerras, em 2022, de US$ 17,6 trilhões. “Isso aí corresponde ao PIB norte-americano, 8 vezes o PIB brasileiro. É necessário e até sagrado para a democracia o chamado caminho do meio, o ponto de equilíbrio”, defendeu.
PROSPERIDADE – No Brasil, o governo Lula segue sua agenda central “de oferecer prosperidade para a população”, conforme descreveu o senador. “É isso que o povo quer saber. A maioria das pessoas, numa eleição, não vota em partido, mas escolhe quem elas acreditam que terá capacidade de oferecer melhor emprego, salário digno, melhor escola, mais segurança e melhores condições de vida”, completou.
Ele acrescentou como prioridade também a questão ambiental. “A agenda da prosperidade caminha ao lado, com igual prioridade, da questão ambiental, que hoje, especialmente no que diz respeito ao enfrentamento da crise climática, está no centro das discussões em qualquer parte do mundo”, disse.
Assista aqui à integra da entrevista à TV 247
https://www.youtube.com/live/vTR8NnheexE?si=Fc6p1owpQdJz7kwS