Senador Jaques Wagner

 
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24 de fevereiro de 2021 as 5:20 pm

Eleito presidente da CMA por aclamação, Jaques Wagner defende um desenvolvimento sustentável baseado no tripé econômico, ambiental e social


Credito: Alessandro Dantas

O senador Jaques Wagner (PT-BA) foi eleito, nesta quarta-feira (24), por aclamação, presidente da Comissão do Meio Ambiente (CMA) no biênio 2021-2022. Durante a reunião, o parlamentar, que foi vice-presidente do colegiado nos últimos dois anos, afirmou que assume o novo desafio com o objetivo de trazer mais recursos para o setor e mais prosperidade para o povo brasileiro. Para isso, trabalhará para mostrar que é possível alcançar um desenvolvimento integral baseado no tripé sustentabilidade econômica, ambiental e social.

“Vou começar debatendo a atual proposta de orçamento do governo federal para o orçamento do setor. Não podemos conviver com um corte de 30% nos recursos para a fiscalização ambiental e o combate a incêndio”, destacou. “Quero que o Brasil possa, cada vez mais, com todo o seu potencial natural, ser um farol para o mundo inteiro. Precisamos acabar com essa tentativa, que é própria daqueles que não querem aprofundar o tema, de estabelecer uma dicotomia entre preservação e desenvolvimento com inclusão social. Essa dicotomia só é feita por aqueles que querem, simplesmente, criar um fakenews e dizer que só é possível gerar emprego promovendo desmatamento e queimadas”, completou.

Com exemplos de outros países, o novo presidente da CMA afirmou que o mundo inteiro coloca, hoje, a agenda ambiental como uma principalidade. Reforçou o que vem sendo feito pelo novo presidente dos Estados Unidos e como a Holanda se tornou o segundo país exportador de alimentos. “Enquanto o Brasil bate recorde negativo por novos agrotóxicos, a Holanda faz sucesso com a produção agrícola. Nos Estados Unidos, Biden deu uma guinada forte, apontando, por exemplo, limites para a emissão do carbono. Não há porque o nosso país, com todo o seu potencial, humano e natural, continuar nessa discussão desmata ou produz”, cobrou.

Por fim, Jaques Wagner sugeriu uma aliança global, capitaneada pelo Brasil, com o intuito de debater a sustentabilidade no tripé econômico, ambiental e social. “Podemos envolver a Câmara dos Deputados, profissionais do setor e frentes parlamentares, com pensamentos iguais ou diferentes, para colocar a nossa inteligência a serviço da nossa sustentabilidade. E trabalhar com a possibilidade de desbravarmos não as matas da região amazônica, mas a área de tecnologia e estimular cada vez mais a chamada economia verde”, defendeu. “Assim, poderemos abrigar e acolher os brasileiros que sofrem com esse momento tão triste de desemprego causado pela economia e aprofundado com a pandemia da covid”, completou.

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